A intenção foi anunciada nesta segunda-feira (5) pelo ex-chanceler Celso Amorim, que também participou do encontro, em entrevista ao portal UOL. A entrada da Bolívia no Mercosul depende apenas do aval do Congresso brasileiro.
"O presidente Lula se comprometeu, caso eleito, de acelerar a integração da Bolívia ao Mercosul, que é muito importante para as relações internacionais, com a Europa, com a China", disse o ex-chanceler.
Amorim ressaltou que o Congresso é "soberano", mas não tem dúvidas de que Lula fará "esse esforço" para convencer os parlamentares. Nos outros três países do bloco, Argentina, Paraguai e Uruguai, os Parlamentos já deram sinal verde.
"É muito importante para a Bolívia e para nós porque a Bolívia no Mercosul facilita o contato com toda a Comunidade Andina, da qual também faz parte", explicou o ex-ministro das Relações Exteriores.
Arce e Lula também falaram em soberania e exploração da Amazônia, e nesse sentido Lula ressaltou que o combate ao desmatamento e crimes ambientais e a busca por soluções sustentáveis devem ser feitos em coordenação com todos os países que compõem a floresta.
O presidente boliviano se encontrou com Lula em um hotel em São Paulo como parte de uma visita informal ao Brasil, que não inclui nenhum encontro com o presidente Jair Bolsonaro (PL) em sua agenda.