Nesta primavera (Hemisfério Norte), a Itália propôs a imposição de um teto de preço para o gás russo para conter o aumento contínuo dos preços da energia. No final de agosto, o primeiro-ministro italiano Mario Draghi disse que os líderes da União Europeia (UE) discutiriam o assunto na próxima reunião do Conselho Europeu em outubro.
"Se a Comissão Europeia decidir estabelecer um teto de preço para o gás russo fornecido através do gasoduto, a França apoiará essa medida", disse Macron em entrevista coletiva conjunta com o chanceler alemão Olaf Scholz.
Paris também favorece as compras conjuntas de gás que vão permitir à UE comprar o "combustível azul" a um preço mais baixo, acrescentou o presidente francês.
Além disso, Macron observou que a participação do gás russo no mercado da UE caiu de 50% para 9% desde o início de 2022. Segundo o líder francês, o bloco se preparou para um cenário, em que o inverno será frio e o fornecimento de gás russo será interrompido.
"Para fazer isso, teremos que reduzir o consumo de eletricidade em 10%", disse Macron.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, os países ocidentais impuseram uma série de sanções contra Moscou que resultaram em interrupções nas cadeias de suprimentos e um aumento nos preços da energia em todo o mundo. O preço da eletricidade no atacado na França deve atingir um recorde de mais de €1.000 euros (cerca de R$ 5.123) por megawatt-hora em 2023, o que é um aumento de 1.000% se comparado a 2021, segundo a mídia francesa.