A Comissão Europeia está enfrentando críticas e preocupações crescentes de alguns Estados-membros da União Europeia (UE) devido à crise energética e à força vinculante das decisões coletivas, disse na segunda-feira (5) uma fonte do bloco à Sputnik.
"Há algumas críticas internas sobre como a liderança da Comissão está lidando com a crise energética. Há uma crescente preocupação entre os Estados-membros e, ao mesmo tempo, alguns países, que não estão em termos muito bons com a atual liderança da Comissão da UE, também estão expressando suas dúvidas", disse a fonte.
Há um grupo de Estados-membros, principalmente do chamado grupo de Visegrado, a Eslováquia, Hungria, Polônia e República Tcheca, que não está satisfeito com as decisões da Comissão sobre o Estado de Direito em relação a eles, disse a fonte, acrescentando que eles estão até mesmo sugerindo não apoiar a reeleição da atual liderança da Comissão em 2024.
A Rússia iniciou em 24 de fevereiro uma operação militar especial na Ucrânia em resposta a pedidos de ajuda das repúblicas populares de Donbass, que pediram assistência após tentativas de ofensiva pelas forças de Kiev. Moscou referiu que a ação também ocorreu em resposta aos avanços da OTAN na região e devido à possibilidade de ocorrerem ataques a territórios russos, tais como a Crimeia.
Em resposta, a União Europeia e outros países ocidentais impuseram restrições multissetoriais ao longo de sete rodadas de sanções, incluindo na área de energia, levando à destruição das cadeias de abastecimento e consequentes altas de preços nos produtos e serviços, que incluem os preços do gás e da eletricidade na Europa.