"A informação errônea, espalhada no Ocidente, nos levou a uma armadilha e os líderes ocidentais não se deram ao trabalho de pensar nas consequências de suas decisões. Hoje, o Ocidente não tem mais ideias de sanções", disse o ex-oficial da inteligência.
Segundo ele, novas propostas de restrições são como um disparo no próprio pé. Em particular, se trata de uma possível proibição da emissão de vistos aos russos.
"Até mesmo os norte-americanos se manifestaram contra essa medida", ressaltou Baud.
De acordo com o especialista, as sanções impostas neste ano, de fato, repetiram a experiência de 2014. Mas se naquela época a queda nos preços de petróleo impactou a Rússia, agora está acontecendo o oposto – as fontes de energia estão cada vez mais caras.
Ao mesmo tempo, Moscou continua vendendo hidrocarbonetos, só que agora, em vez da Europa, os principais compradores são países asiáticos, principalmente a Índia e a China.
Falando sobre os objetivos da OTAN, o coronel suíço lembrou que no Ocidente existe uma estratégia de desmembramento da Rússia e seu isolamento da comunidade mundial.
Baud opinou que os Estados Unidos enganaram a Ucrânia ao prometerem sanções destrutivas contra o Kremlin.
"O objetivo não está na vitória da Ucrânia, mas na derrota da Rússia", observou Baud.
Por fim, o coronel suíço disse que o Ocidente avalia mal a situação. Segundo o ex-oficial da inteligência, nos EUA as informações sobre os eventos em torno da Ucrânia são cuidadosamente filtradas antes de chegar à população, aos leitores. E os europeus repetem cegamente a experiência dos norte-americanos, concluiu.