Segundo informações publicadas pelo jornal Welt nesta terça-feira (6), que cita fontes do governo ucraniano, Berlim segue com a decisão de não fornecer tanques Leopard 2 à Ucrânia.
A mídia alemã informou que, no domingo (4), Denys Shmyhal, primeiro-ministro ucraniano, teve uma discussão com Scholz sobre tanques e outros sistemas militares, assim como sobre o envio de mais material bélico.
Porém as chances de que haja um avanço no fornecimento de tanques à Ucrânia parecem ser baixas, informou o jornal, citando uma fonte próxima ao governo ucraniano.
O chanceler alemão não prometeu o fornecimento dos tanques Leopard 2, e as negociações sobre o assunto foram "gerais e vagas", sustenta a publicação.
3 de setembro 2022, 13:03
Enquanto isso, o fabricante de armas Krauss-Maffei Wegmann (KMW) fez uma oferta para Kiev, em abril, de 100 tanques Leopard 2A7, incluindo peças de reposição, além de oferecer treinamento para soldados.
A oferta, estimada em US$ 1,53 bilhão (R$ 8,02 bilhões), garante que os primeiros tanques estariam prontos para entrega em 36 meses após a assinatura do contrato. A empresa está pronta para entregar o último tanque em 65 meses.
No entanto, como observa o jornal, a KMW ainda não apresentou um pedido de autorização de exportação ao governo alemão.
No fim de agosto, a mídia alemã informou que diplomatas ucranianos pediram repetidamente à Alemanha que fornecesse armas adicionais, até agora sem sucesso.
O Ministério da Defesa alemão teria justificado sua recusa em fornecer assistência militar pesada, em particular, pelo fato de que as Forças Armadas alemãs precisam de armas para cumprir as obrigações aliadas na Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN).
Scholz disse que Berlim tem fornecido regularmente a Kiev armas "muito eficazes" e prometeu continuar as entregas, mas enfatizou que não deve haver escalada.