O HIP 65426b está localizado a aproximadamente 363 anos-luz na constelação de Centaurus. O planeta foi descoberto em 2017 e é 1,5 vez maior que Júpiter e até 12 vezes mais massivo.
O referido exoplaneta orbita a estrela hospedeira a uma distância de 92 unidades astronômicas, isso é suficientemente distante da estrela e o telescópio Webb pode facilmente separar o planeta da estrela na imagem obtida.
Imagem do exoplaneta HIP 65426b da classe super-Júpiter capturada pelo Telescópio Espacial James Webb
© Foto / NASA / ESA / CSA / Webb / A. Carter, University of California, Santa Cruz / ERS 1386 team / A. Pagan, STScI / DSS.
"Este é um momento transformador, não só para Webb, mas também para a astronomia em geral", disse Sasha Hinkley, astrônomo da Universidade de Exeter, no Reino Unido.
"Há muito mais imagens de exoplanetas por vir que moldarão nossa compreensão geral de sua física, química e formação. Podemos até descobrir planetas previamente desconhecidos", observou Aarynn Carter, astrônomo da Universidade da Califórnia, Santa Cruz.
A câmera de infravermelho próximo (NIRCam, na sigla em inglês) e o instrumento que trabalha no infravermelho médio (MIRI, na sigla em inglês) montados no Webb estão equipados com coronógrafos, que são conjuntos de minúsculas máscaras que bloqueiam a luz das estrelas, permitindo que o telescópio espacial tire imagens diretas de certos exoplanetas como este.
HIP 65426b é visto em diferentes faixas de luz infravermelha
© Foto / NASA / ESA / CSA / Webb / A. Carter, University of California, Santa Cruz / ERS 1386 team / A. Pagan, STScI / DSS.
Obter imagens diretas de exoplanetas é um desafio porque as estrelas são muito mais brilhantes que os planetas, escreve portal Sci.News.
HIP 65426b emite uma luz 10.000 vezes mais fraca do que sua estrela hospedeira no infravermelho próximo e alguns milhares de vezes mais fraca no infravermelho médio.