Panorama internacional

UE eleva taxas para emissão de vistos russos e trabalha em regras mais rígidas para fronteiras

Com nova medida, russos que pedirem vistos para o Espaço Schengen terão que pagar € 50 (R$ 260) a mais para emitirem o documento.
Sputnik
Nesta terça-feira (6), a Comissão Europeia propôs tornar mais caro e mais difícil para os turistas russos viajarem para o bloco, segundo a Bloomberg.
"Os cidadãos russos não devem ter acesso fácil à UE e viajar ao bloco como turista não é um direito humano. No momento, não há base para confiança, nenhuma base para uma relação privilegiada entre a UE e a Rússia", disse a comissária europeia de Assuntos Internos, Ylva Johansson, a repórteres.
Com a nova regulamentação, os russos que solicitarem vistos para o Espaço Schengen — que inclui 22 países da UE, além de Noruega, Islândia, Suíça e Liechtenstein — devem pagar uma tarifa de € 85 (R$ 441) e não mais de € 35 (R$ 181), segundo a mídia.
Na quarta-feira (31) passada, ministros das Relações Exteriores do bloco europeu deram seu apoio à suspensão de um acordo de 2007 que facilitava a emissão de vistos para russos, conforme noticiado. Entretanto, o bloco ainda se encontra dividido sobre o assunto.
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Em meados de agosto, Grécia e Chipre trouxeram à público sua oposição à proibição de emissão de vistos para Moscou, assim como a Hungria. Alemanha e França também se mostraram mais resistentes à proposta que está em curso na União Europeia.
"Em breve, seguiremos com diretrizes adicionais para garantir um escrutínio aprimorado sobre pedidos de visto e passagens de fronteira por cidadãos russos, sem nos isolarmos dos dissidentes russos e da sociedade civil", complementou Johansson.
Os ministros bálticos e nórdicos se reunirão na Lituânia esta semana, onde devem discutir um possível acordo entre alguns vizinhos da Rússia para restringir a entrada de portadores de visto russos em passagens terrestres.
"Na próxima semana ou dez dias, você terá notícias nossas sobre as medidas", disse o ministro das Relações Exteriores da Letônia, Edgars Rinkevics, à agência norte-americana.
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