Segundo o jornal Folha de S.Paulo, o presidente manteve o tom eleitoral usado mais cedo em Brasília, criticando o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), com quem disputa a eleição presidencial deste ano.
Lula é líder na corrida ao Executivo federal, de acordo com as pesquisas de intenção de voto divulgadas nas últimas semanas.
"Não sou ladrão", disse o presidente para os apoiadores, acrescentando que a esquerda deveria ser extirpada da política.
Ele afirmou que seu governo está há três anos e meio sem corrupção, mas não mencionou o escândalo do Ministério da Educação (MEC) que derrubou o ex-ministro Milton Ribeiro.
Ribeiro chegou a ser preso pela Polícia Federal, mas foi solto após um pedido de habeas corpus.
O presidente acusou adversários de jogar fora das "quatro linhas da Constituição" e disse que todos conhecem como funciona o Supremo Tribunal Federal (STF).
No entanto, a exemplo da manhã de hoje (7) e diferentemente do ano passado, evitou citar nomes de ministros.
Como fez pela manhã em Brasília, Bolsonaro usou um tom religioso no discurso, declarando-se contrário ao aborto e à "ideologia de gênero".
No palco do Rio, ele estava acompanhado do governador Cláudio Castro (PL), do empresário Luciano Hang e dos deputados federais Clarissa Garotinho (União-RJ) e Daniel Silveira (PTB-RJ), cuja candidatura ao Senado foi impugnada na terça-feira (6).
Ainda de acordo com a publicação, o candidato à vice-presidência Walter Braga Netto, general da reserva e ex-ministro da Casa Civil, também estava ao seu lado, assim como o ministro da Defesa, Paulo Sérgio Nogueira.
Aliado do presidente, o pastor Silas Malafaia estava em um carro de som da manifestação.
Críticos do presidente o acusam de usar o Bicentenário da Independência do Brasil, celebrado hoje (7), como ato eleitoral na tentativa de conseguir se reeleger.