Operação militar especial russa

Cofundador do Pink Floyd: por que Zelensky não cumpriu promessas eleitorais sobre paz em Donbass?

O cofundador da banda Pink Floyd, Roger Waters, enviou uma carta a Elena Zelenskaya, esposa do presidente ucraniano, em que lembrou que o marido dela não cumpriu as promessas eleitorais para levar paz a Donbass, reconhecer a autonomia parcial das regiões de Donetsk e Lugansk e respeitar os acordos de Minsk.
Sputnik
A nota foi divulgada pelo próprio baixista nas suas redes sociais em resposta à entrevista que Elena Zelenskaya deu à edição britânica BBC e na qual reclamou que, se fosse prestado mais apoio à Ucrânia, o conflito entre Kiev e Moscou já teria terminado.
Nesse contexto, o músico assegurou que o apoio militar e o envio de armas nunca foram uma via para resolver nenhum conflito armado.

"Jogar lenha, em forma de armamento, na fogueira nunca funcionou para acabar com uma guerra no passado e não funcionará agora, particularmente porque, neste caso, muita lenha foi enviada à fogueira por Washington, que está a uma distância relativamente segura da conflagração, e porque os 'jogadores de lenha' já declararam o seu interesse em prolongar a guerra o máximo possível", declarou Waters, que perdeu o seu pai durante a Segunda Guerra Mundial.

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"Não seria melhor exigir o cumprimento das promessas eleitorais do seu marido [Vladimir Zelensky] e pôr fim a esta guerra mortal?", perguntou Waters a Elena Zelenskaya.

O cofundador da banda britânica Pink Floyd também relembrou a Zelenskaya que, durante a campanha presidencial de 2019, Vladimir Zelensky se comprometeu a frear a guerra civil em Donbass e respeitar os acordos de Minsk, promessas das quais abdicou "diametralmente" por outros interesses.

"Só se pode assumir que as políticas eleitorais do seu esposo não se ajustaram a certas coligações políticas em Kiev, e essas coligações persuadiram o seu esposo a mudar diametralmente o seu rumo, ignorando o desejo do seu povo. Lamentavelmente, o seu marido aceitou essa desqualificação totalitária e antidemocrática, e as forças do nacionalismo extremo, que tinham espeitado, malevolamente, nas sombras, têm governado, desde então, a Ucrânia. Também desde então têm atravessado uma série de linhas vermelhas que tinham sido estabelecidas claramente durante vários anos pelos seus vizinhos da Federação da Rússia e, consequentemente, eles, os nacionalistas extremos, puseram o seu país no caminho desta guerra desastrosa", assinalou Waters.

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O artista de 79 anos tem sido alvo de críticas por ter questionado um jornalista da emissora norte-americana CNN que o confrontou por apoiar a Rússia. Além disso, o músico já foi incluído na lista negra do governo ucraniano, junto com outros críticos de Zelensky.
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