Berlim deu a Kiev "inacreditavelmente muito" em armas de suas reservas militares, mas atingiu seu limite, disse na quarta-feira (7) Christine Lambrecht, ministra da Defesa da Alemanha.
"Vamos manter nosso apoio à Ucrânia, e entregamos inacreditavelmente muito das reservas da Bundeswehr [Forças Armadas da Alemanha]. Mas digo neste momento muito claramente que atingimos o limite", disse Lambrecht durante seu discurso no Bundestag (parlamento alemão).
Ela garantiu que a defesa do país europeu e da OTAN serão asseguradas no futuro.
Lambrecht também referiu existirem outras formas de apoiar a Ucrânia, incluindo a chamada troca circular, através da qual a Alemanha fornece aos países da União Europeia novas armas em troca das antigas, que depois são entregues à Ucrânia. A ministra disse que eles fizeram progressos neste aspecto, incluindo no intercâmbio da Alemanha com a República Tcheca e a Eslováquia.
No final de agosto foi noticiado que os diplomatas ucranianos solicitaram repetidamente à Alemanha que fornecesse armas adicionais, mas ainda sem sucesso. O Ministério da Defesa alemão teria justificado sua recusa em fornecer assistência militar pesada particularmente pelo fato de que as Forças Armadas do país precisam de armas para cumprir as obrigações aliadas na OTAN.
Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, disse que Berlim tem fornecido regularmente a Kiev armas "muito eficazes" e prometeu continuar as entregas, mas sublinhou que não deveria haver nenhuma escalada. No domingo (4), durante as conversações com Denis Shmygal, premiê ucraniano, Scholz teria recusado prometer o fornecimento de tanques Leopard 2 a Kiev.
Moscou, por sua vez, critica todo o fornecimento de armas à Ucrânia, que aponta estarem prolongando a operação militar especial.