A edição refere-se a um alto funcionário que afirma que a UE não está mais pensando em sanções.
"O apetite é mais fraco", de acordo com um diplomata sênior de um país da União Europeia.
"Tem se tornado cada vez mais difícil com cada pacote." O longo atraso na adoção da proibição da importação do petróleo russo pelo bloco europeu – e o processo para conceber isenções e compensações para países opositores como a Hungria – deixou memórias amargas.
O diplomata disse também que, para um futuro pacote, o verdadeiro medo é que a Hungria possa não apenas atrasar, mas bloquear completamente a decisão.
E não se trata apenas da Hungria. Também há preocupações com a futura posição da Itália sobre as sanções quando Roma formar um novo governo. Matteo Salvini, líder do partido da extrema direita Lega (Liga em português), disse que as sanções ocidentais contra a Rússia prejudicam a Itália e tem apelado a outros líderes que repensem sua abordagem.
Em geral, na Europa Ocidental aumentou o cansaço das sanções, especialmente porque se torna cada vez mais difícil encontrar medidas que prejudiquem mais a Rússia do que danifiquem economicamente a União Europeia.
Por fim, o jornal ressalta que o mais importante é a crescente revolta dos eleitores contra a subida dos preços da energia e dos alimentos, que também está a deixar os políticos europeus cada vez mais nervosos.
"A atual crise energética está deixando todos os líderes políticos nervosos porque temem as consequências políticas. Em muitos países trata-se da sobrevivência de seus governos", concluiu alto funcionário da UE.
Desde o início da operação militar especial russa na Ucrânia, no dia 24 de fevereiro, os EUA e seus aliados intensificaram a aplicação de sanções contra Moscou. Entre as medidas estão restrições econômicas às reservas internacionais russas e às suas exportações de petróleo, gás, carvão, aço e ferro.