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MPF abre inquérito sobre uso político do ato de bicentenário no Rio de Janeiro

Investigação vai apurar os gastos no evento e se houve cuidado na separação entre a celebração e manifestação político partidária.
Sputnik
O Ministério Público Federal (MPF) abriu nesta quinta-feira (8) uma investigação para apurar se houve desfio de finalidade por parte do Governo Federal na realização do ato de celebração do bicentenário de independência do Brasil.
O alvo da investigação é o evento realizado em Copacabana, no Rio de Janeiro. Os procuradores vão investigar se houve falhas em implantar "medidas de autocontenção" para que o evento não se transformasse em ato político partidário.
O órgão solicitou ao Ministério da Defesa e comandos locais informações sobre o planejamento do evento, o que inclui gastos com diárias e passagens entre outros. Os procuradores também vão analisar imagens do evento transmitidas pela televisão e solicitaram à Prefeitura do Rio de Janeiro informações sobre o material de apoio utilizado pelos organizadores.
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A decisão de abrir uma investigação foi tomada após uma análise prévia na qual procuradores identificaram que não houve "cuidado e esforço necessário" para separar as celebrações do bicentenário de manifestações políticas.
"Havia um palanque na Avenida Atlântica, sem qualquer indicação de função específica, e que estava separado por poucos metros de carro de som onde existiam manifestações políticas. Havia a circulação neste espaço não apenas de autoridades, mas também de pessoas postulantes a cargos eletivos nas próximas eleições", diz o documento, segundo noticiou o G1.
Candidatos que concorrem às eleições este ano já haviam se manifestado sobre o assunto em suas redes sociais, criticando o que consideraram uso político do ato.
Luiz Inácio Lula da Silva publicou um vídeo afirmando nunca ter "usado um Dia da Pátria para campanha eleitoral". Ciro Gomes foi mais incisivo, e publicou um extenso vídeo em seu canal no YouTube, no qual afirmou que a postura do presidente Jair Bolsonaro "foi uma falta de vergonha". Já Simone Tebet disse que a bandeira nacional é livre de partidos e ideologia.
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