Panorama internacional

Orbán: sanções à Rússia não tiveram sucesso, causaram inflação e crise deixando Europa de joelhos

O serviço de rastreamento de sanções Castellum.Ai calculou que os EUA e seus aliados aplicaram um total de quase 11.800 sanções contra a Rússia desde o início da crise ucraniana em 2014, com 9.200 delas impostas depois que a Rússia iniciou sua operação militar especial na Ucrânia.
Sputnik
As milhares de sanções impostas à Rússia pelo Ocidente não funcionaram como pretendido e, em vez disso, ameaçam mergulhar a Europa em uma grave crise, sugeriu o primeiro-ministro húngaro, Viktor Orbán.

"Atualmente existem 11.000 sanções em vigor contra a Rússia, mas as tentativas de enfraquecer os russos não foram bem sucedidas. Pelo contrário, a inflação severa e a escassez de energia causada pelas sanções podem deixar a Europa de joelhos", disse Orbán em Budapeste nesta quinta-feira (8).

Orbán disse não ter certeza de quanto tempo Bruxelas vai continuar sua política e alertou que, se o bloco não mudar de rumo, a situação na Europa só vai piorar, porque a região ficou sem energia.

O primeiro-ministro húngaro garantiu que seu país não sofreria os tipos de escassez de energia enfrentados por seus vizinhos. "Isto não é uma previsão, mas a afirmação de um fato: haverá gás e eletricidade suficiente na Hungria. Ou seja, não haverá necessidade de fechar nenhuma fábrica devido à escassez de energia. Haverá energia suficiente para todos, e quem quiser investir e produzir aqui pode fazê-lo", frisou.

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O mandatário prometeu que seu governo iria "combater os verdes fundamentalistas e os burocratas envolvidos em jogos geopolíticos" e "convencê-los a não excluir diferentes fontes de energia" do balanço energético geral.
O primeiro-ministro também lançou um discurso contra a agenda de neutralidade de carbono de Bruxelas, enfatizando que "poucos continentes estão em uma situação tão difícil quanto a Europa" no que diz respeito à energia, mas que "só este continente está dificultando tanto sua própria vida".
A Hungria conseguiu evitar o pior da crise energética que atualmente atinge seus vizinhos europeus, recusando-se a aplicar os mesmos tipos de restrições ao fornecimento de petróleo e gás russos que seus parceiros têm praticado.
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