Após um pedido do Ministério da Defesa, o Ministério Público Militar em São Paulo abriu uma apuração contra o candidato à presidência Ciro Gomes (PDT) para investigar se ele cometeu crime de militar por supostamente difamar as Forças Armadas, segundo a Folha de São Paulo.
Em junho, ao ser entrevistado pela CBN, o pedetista disse que as Forças Armadas são coniventes com crimes ocorridos na região da Amazônia, ao mesmo tempo, afirmou que a gestão Bolsonaro fragilizou estruturas de fiscalização de órgãos como FUNAI e IBAMA.
"Isso acabou transformando o território nessa holding do crime, claramente protegida por autoridades brasileiras, inclusive das Forças Armadas", disse o presidenciável na época.
De acordo com a mídia, a Defesa acusou o candidato de fazer comentários infundados, e o pedetista afirmou ter visto ação política com digital de Bolsonaro na iniciativa da pasta comandada pelo general Paulo Sérgio Nogueira de pedir uma investigação.
O caso foi analisado preliminarmente pela Procuradoria da República no Distrito Federal, que o transferiu ao Ministério Público Militar por envolver conduta passível de enquadramento em crime militar
O ministério também acusou o pedetista de propalar fatos, "que sabe inverídicos, capazes de ofender a dignidade ou abalar o crédito das Forças Armadas ou a confiança que estas merecem do público", crime previsto no artigo 21 do Código Penal Militar.
O Ministério Público Militar informou à Folha que os autos do caso foram distribuídos a um promotor de Justiça Militar no início da semana e que não houve movimentação processual.