"Quando você compra peixe em uma peixaria, você não pode dar nome a nenhum dos lagostins do tanque. Se você lhe der um nome, não conseguirá comê-lo nem liberá-lo. O mesmo acontece com os conflitos", afirma Strgacich.
Conforme o colunista, ao longo dos anos de envolvimento em diversas crises, como o Afeganistão ou o Iraque, Washington criou todos os institutos e mecanismos necessários para manter o grau de tensão nas áreas da escalada. Está na hora de a Casa Branca deixar de "considerar os ucranianos como um peão no seu confronto infinito perto da fronteira com uma grande potência", concluiu o autor da publicação.
Na quinta-feira (8), o secretário de Estado norte-americano Antony Blinken declarou que Washington alocaria a Kiev e países vizinhos mais 2,8 bilhões de dólares (R$ 14,6 bilhões) no âmbito do apoio militar.
Anteriormente, a Rússia enviou aos países da OTAN uma nota em resposta ao fornecimento de armas à Ucrânia. O chefe da diplomacia russa Sergei Lavrov salientou que qualquer transporte carregando armas para a Ucrânia se tornaria um alvo legítimo para a Rússia. A chancelaria russa tem repetidamente avisado que os países da OTAN estão "brincando com o fogo" ao fornecer armas à Ucrânia.
O porta-voz do presidente russo Dmitry Peskov, por sua vez, sublinhou que, ao inundar a Ucrânia com armas, o Ocidente não contribui de maneira nenhuma para o sucesso das negociações entre a Rússia e a Ucrânia.