O governo britânico e aqueles próximos da Corte real por muitos anos tiveram um plano de ações semelhantes de monarca para monarca, trabalhado até o mais ínfimo detalhe. Assim que a rainha deu seu último suspiro, o plano conhecido como "Operação Ponte de Londres" entrou em ação.
Conforme prevê o plano, o primeiro funcionário da administração a ouvir a notícia foi a primeira-ministra, recém-nomeada pela monarca Liz Truss. O anúncio foi então retransmitido ao secretário do gabinete e ao escritório do Conselho Privado, que coordena o trabalho governamental em nome da monarca. Só depois disso, o público recebeu a "notificação oficial".
Momento em que Nadhim Zahawi (chanceler do Ducado de Lancaster) passou uma suposta nota a Liz Truss sobre preocupações pela saúde da rainha na Câmara dos Comuns
O anúncio formal da morte é fixado às grades do Palácio de Buckingham por tradição. Após a morte da monarca, os sinos da Abadia de Westminster e da Catedral de São Paulo vão tocar em um horário predeterminado.
Uma declaração sobre a morte da rainha foi colocada nos portões do Palácio de Buckingham: "A rainha morreu pacificamente em Balmoral à tarde. O rei e a rainha consorte permanecerão em Balmoral nesta noite e regressarão a Londres amanhã [9]."
Saudações cerimoniais com armas são esperadas no Hyde Park e Tower Hill no primeiro dia de luto, bem como um minuto nacional de silêncio.
O primeiro encontro entre o novo rei, Charles III, e a primeira-ministra também está programado para ocorrer na sexta-feira (9). O líder da oposição, o Arcebispo da Cantuária, o Deão de Westminster e o gabinete de ministros estão todos programados para se reunir com o novo monarca.
O Parlamento do Reino Unido realizará então um serviço fúnebre.
Para o Conselho de Adesão, as bandeiras vão ser hasteadas a meio mastro por 24 horas antes de retornar ao mastro cheio no dia do funeral. Depois disso, espera-se que o caixão parta de Balmoral e viaje de carro para o Palácio de Holyroodhouse, residência oficial da Sua Majestade na Escócia. As proclamações serão feitas nas administrações devolvidas de Edimburgo, Cardiff e Belfast.
Os membros da família real participarão de uma cerimônia na Catedral de Santo Egídio em Edimburgo, depois de um desfile cerimonial pela chamada Royal Mile (Milha Real, em português). Após esse serviço, a catedral estará aberta ao público por 24 horas por um período de repouso.
Depois, o caixão será levado para Londres para finalmente ser recebido pela premiê, pelo gabinete e por outros dignitários. Antes da cerimônia agendada em Londres, o caixão deve chegar ao Palácio de Buckingham, onde permanecerá por algumas horas.
Em seguida, o caixão da rainha será levado do Palácio de Buckingham para o Westminster Hall para começar seus cinco dias de velório público. Pessoas comuns serão convidadas a prestar suas homenagens.
A Abadia de Westminster sediará o funeral de estado em 18 de setembro. De Westminster Hall, o caixão será levado em um cortejo para a abadia. Haverá então dois minutos de silêncio em toda a nação.
Uma procissão cerimonial seguirá o caixão para o Hyde Park após o serviço de uma hora, onde ele vai mudar de um carro de armas para um carro funerário estatal e ser levado para o Castelo de Windsor. O caixão da rainha será transportado para seu lugar de descanso final ao longo de uma estrada de 37 quilômetros aberta a todos.
Após um desfile pelo Windsor, o caixão será levado ao sepulcro real em um serviço funerário realizado na Capela de São Jorge.
Elizabeth II descansará ao lado de seu falecido marido, o príncipe Philip, cujo corpo será removido do sepulcro real, onde ele foi enterrado em abril de 2021. Tanto a rainha-mãe como o rei George VI foram enterrados no mesmo sepulcro. Os restos mortais de sua irmã, a princesa Margarida, que morreu em 2002, também estão no local.