O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, levantou a necessidade de discutir prontamente se o país deve entrar em uma emergência econômica "para enfrentar e mitigar os riscos, devido à crise climática e ao aumento das chuvas durante os próximos 3 meses", informou na quinta-feira (8) a Presidência da República.
"Se vamos viver um episódio pior do que 2010, em termos climáticos, então o país necessariamente tem que entrar em uma emergência econômica", disse o presidente durante sua visita ao sul do departamento do Atlântico para acertar o projeto fluvial do Canal del Dique, que busca recuperar ecossistemas degradados e mitigar o impacto de possíveis inundações na região do Caribe.
Petro assegurou que a previsão de chuvas no território colombiano, somada aos fatores climáticos que estão afetando o mundo (secas, incêndios e inundações), torna imprescindível um debate que envolva Congresso, mídia e sociedade. No entanto, indicou que, caso seja decretada uma emergência econômica, o maior problema é que a nação acaba de emergir do enfrentamento da pandemia de COVID-19.
"Esse é o drama dos governos contemporâneos. Vivemos a COVID-19, foi emitida uma emergência. A COVID-19 deixou o que deixou e não saímos ainda — porque o vírus está aí — e já entramos em outra do tipo climático. Ambas têm a mesma origem, e lado a lado, através da ciência, a origem última é que estamos lançando cada vez mais gases derivados do carvão e do petróleo na atmosfera", disse.