Panorama internacional

Alemanha, França e Reino Unido chamam resposta do Irã para voltar ao acordo nuclear de 'retrocesso'

Em comunicado, países europeus expressaram sua frustração com uma das principais exigências de Teerã para voltar ao acordo. Conselho se encontrará na segunda-feira (12) para decidirem o que fazer.
Sputnik
Neste sábado (10), Berlim, Paris e Londres expressaram sua frustração com a exigência do Irã para reviver o acordo nuclear sob a qual o país persa pede que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) encerre uma investigação sobre partículas de urânio encontradas em três locais de usinas iranianas.
No início deste mês, o Irã enviou sua última resposta ao texto proposto pela União Europeia para reviver o acordo de 2015 sob o qual Teerã havia restringido seu programa nuclear em troca de alívio das sanções econômicas dos EUA, UE e ONU, conforme notciado.
Entretanto, diplomatas dos três países disseram que a resposta da República Islâmica foi um retrocesso, com o objetivo de vincular a retomada do acordo com o encerramento das investigações da AIEA sobre os vestígios de urânio.
"Esta última demanda levanta sérias dúvidas sobre as intenções e o compromisso do Irã com um resultado bem-sucedido no Plano de Ação Conjunto Global [JCPOA, na sigla em inglês]. A posição iraniana contradiz suas obrigações juridicamente vinculativas e põe em risco as perspectivas de restauração do acordo", disseram os três países em comunicado citado pela agência.
O Conselho de Governadores da AIEA se reunirá na segunda-feira (12), três meses depois de já adotar uma resolução pedindo ao Irã que dê respostas críveis ao órgão de vigilância.
A AIEA disse na quarta-feira (7) que o estoque de urânio do Irã enriquecido até 60%, próximo ao grau de armamento, cresceu o suficiente, se enriquecido ainda mais, para uma bomba nuclear e que Teerã ainda não conseguiu explicar a origem das partículas de urânio.
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