Neste sábado (10), Berlim, Paris e Londres expressaram sua frustração com a exigência do Irã para reviver o acordo nuclear sob a qual o país persa pede que a Agência Internacional de Energia Atómica (AIEA) encerre uma investigação sobre partículas de urânio encontradas em três locais de usinas iranianas.
No início deste mês, o Irã enviou sua última resposta ao texto proposto pela União Europeia para reviver o acordo de 2015 sob o qual Teerã havia restringido seu programa nuclear em troca de alívio das sanções econômicas dos EUA, UE e ONU, conforme notciado.
Entretanto, diplomatas dos três países disseram que a resposta da República Islâmica foi um retrocesso, com o objetivo de vincular a retomada do acordo com o encerramento das investigações da AIEA sobre os vestígios de urânio.
"Esta última demanda levanta sérias dúvidas sobre as intenções e o compromisso do Irã com um resultado bem-sucedido no Plano de Ação Conjunto Global [JCPOA, na sigla em inglês]. A posição iraniana contradiz suas obrigações juridicamente vinculativas e põe em risco as perspectivas de restauração do acordo", disseram os três países em comunicado citado pela agência.
O Conselho de Governadores da AIEA se reunirá na segunda-feira (12), três meses depois de já adotar uma resolução pedindo ao Irã que dê respostas críveis ao órgão de vigilância.
A AIEA disse na quarta-feira (7) que o estoque de urânio do Irã enriquecido até 60%, próximo ao grau de armamento, cresceu o suficiente, se enriquecido ainda mais, para uma bomba nuclear e que Teerã ainda não conseguiu explicar a origem das partículas de urânio.