Panorama internacional

Presidente da Sérvia diz que está 'alarmado' com fornecimento de armas dos EUA ao Kosovo

Enquanto permanecem as tensões entre Kosovo e Sérvia, os EUA continuam enviando armas e equipamentos bélicos para a região.
Sputnik
O presidente da Sérvia, Aleksandar Vucic, expressou sua preocupação com os fluxos de armas, equipamentos e tecnologia que os Estados Unidos direcionam para Kosovo e outras nações balcânicas.
Neste sábado (10), Vucic realizou uma reunião do Conselho de Segurança sérvio com membros do governo e chefes de agências de aplicação da lei para debater medidas diante do aumento da crise na região.
"Os EUA enviarão uma nova parcela de ajuda militar aos países da região (Albânia, Bósnia e Herzegovina, Montenegro, Croácia, Macedônia do Norte), e, como eles chamam, Kosovo. Eu me pergunto o que eles nos dirão depois disso e o que eles vão exigir de nós? Tanto os americanos quanto todos os outros da região. Porque, como você pode ver, só falta um país nessa lista, a Sérvia", disse Vucic.
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Segundo o presidente sérvio, os EUA dizem que enviarão nova ajuda militar aos países da região para ajudá-los a se defenderem da Rússia.
Em abril, o presidente sérvio acusou o Ocidente de hipocrisia, apontando que o Reino Unido forneceu mísseis antitanque Javelin e NLAW para a autoproclamada República do Kosovo e, ao mesmo tempo, condenou a compra da Sérvia dos sistemas de defesa aérea chineses FK-3 .
Enquanto isso, chefes de Estado da União Europeia, liderados por Emmanuel Macron, presidente da França, e Olaf Scholz, chanceler da Alemanha, instam Belgrado a se aproximar de um compromisso com Kosovo.
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Os líderes da França e da Alemanha enviaram uma carta conjunta ao presidente sérvio no último dia 4, pedindo que ele se prepare para "decisões difíceis".

Tensões nos Balcãs

As tensões entre Belgrado e Kosovo ganharam um novo capitulo nas últimas semanas devido aos planos iniciais de Pristina de proibir, desde 1º de agosto, a entrada na região de carros com placas e documentos sérvios. No norte do Kosovo, onde moram muitos sérvios, ocorreram tumultos, o que levou ao envio de forças policiais para a região.
Belgrado, em particular, consentiu em abolir os documentos de entrada e saída para portadores de identidade do Kosovo, e Kosovo concordou em não introduzir o mesmo para portadores de identidade sérvia.
Diante do impasse, o Exército sérvio iniciou exercícios perto da fronteira administrativa com Kosovo em 31 de agosto.
Kosovo declarou unilateralmente a independência em 2008 e foi reconhecido pelos EUA e seus aliados, mas não por cerca de metade do mundo, incluindo Belgrado, Rússia, China e vários países membros da UE.
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