Panorama internacional

Premiê grego chama efeitos colaterais das sanções contra a Rússia de 'preço da independência'

Neste domingo (11), o primeiro-ministro grego, Kyriakos Mitsotakis, admitiu que a Europa adotou sanções contra a Rússia sabendo que elas sairiam pela culatra em termos econômicos.
Sputnik
Em declaração a jornalistas, Mitsotakis afirmou que as sanções à Rússia foram impostas mesmo se sabendo dos efeitos colaterais contra a população dos países europeus.

"No momento em que impusemos essas sanções extremamente amplas à Rússia — as sanções mais sérias de todos os tempos — sabíamos que havíamos imposto nossa sociedade a um processo muito difícil. Mas alertamos que esse era o preço que pagaríamos por fazer essa escolha", disse.

Mitsotakis, que foi questionado em uma coletiva de imprensa em Tessalônica sobre os limites do quanto a União Europeia (UE) estava preparada para sacrificar em seu impasse energético com a Rússia, disse que a UE sabia que Moscou poderia usar o fornecimento de gás como forma de retaliação, mas que o bloco está pronto para acabar com sua dependência das importações de energia russa.
Plataforma de perfuração de petróleo e de queima de gás da empresa petrolífera Gazprom Neft na Rússia
Deflagrada em fevereiro, a operação militar russa na Ucrânia foi acompanhada de um volume sem precedentes de sanções econômicas contra Moscou. As medidas impostas por países aliados dos Estados Unidos, incluindo o Reino Unido e os membros da UE, incluíram o setor de energia da Rússia. Como consequência, os preços do setor dispararam na Europa e nos EUA.
Apesar dos efeitos colaterais, os países do G7 confirmaram recentemente que pretendem impor um teto ao preço do petróleo russo, apesar do alerta da Rússia de que pretende parar de exportar a commodity para os países que aplicarem essa medida.
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