Berlim disse na segunda-feira (12) que não pode prevenir que o urânio russo fornecido a usinas nucleares francesas seja processado na Alemanha, escreve na segunda-feira (12) a agência norte-americana Associated Press.
A usina em Lingen é operada pela Framatome, na qual a operadora francesa EDF, tem uma participação maioritária. O governo francês, por sua vez, tem uma participação maioritária na EDF.
Grupos ambientalistas exigiram que a Alemanha e os Países Baixos bloqueassem um fornecimento de urânio vindo pelo navio russo Mikhail Dudin, que está atualmente atracado no porto de Dunkirk, França. Eles citaram o caso do Reino Unido, que impediu a mesma embarcação de descarregar os resíduos nucleares perto de Liverpool para processamento lá.
"Não temos fundamentos legais para impedir o transporte de urânio da Rússia, porque as sanções impostas pela UE [União Europeia] […] isentam a importação de combustível nuclear [...] para a UE das proibições de importação", comentou Andreas Kuebler, porta-voz do Ministério do Meio Ambiente da Alemanha, acrescentando que os requisitos de segurança para o embarque foram examinados e considerados como satisfazendo os requisitos.
A França é fortemente dependente da energia nuclear para suas necessidades de eletricidade, enquanto a Alemanha planeja fechar seus três últimos reatores este ano e tem dependido fortemente das importações de gás da Rússia, sublinha a AP.