Panorama internacional

Medvedev: no futuro, Rússia pode exigir da Ucrânia 'uma capitulação total' sob condições de Moscou

O vice-secretário do Conselho de Segurança russo, Dmitry Medvedev, comentou as palavras de Vladimir Zelensky de que a Ucrânia não deseja dialogar com países que fazem ultimatos.
Sputnik
O antigo presidente russo avisou que os atuais ultimatos apenas são um "aquecimento", já que no futuro Kiev pode ter que enfrentar uma capitulação total sob condições russas.

"Esse Zelensky disse que não vai dialogar com aqueles que fazem ultimatos. Os atuais 'ultimatos' são apenas um pequeno 'aquecimento' ante as exigências futuras. E ele as conhece: uma capitulação total do regime de Kiev sob condições da Rússia", escreveu Medvedev no Telegram.

Recentemente, o presidente ucraniano declarou, em entrevista à CNN, que não está pronto para negociar com a Rússia, pois Moscou "faz ultimatos".
As consultas russo-ucranianas começaram no final de fevereiro: as delegações realizaram duas rodadas presenciais em Belarus, e depois acordaram em fazer videoconferências diariamente. No final de março, as delegações se reuniram de novo em Istambul. Em resultado, a Ucrânia entregou suas propostas escritas sobre o acordo futuro, e Moscou, por sua parte, fez duas cedências à Ucrânia.
Em particular, a Rússia concordou em reduzir significativamente as ações de combate nas áreas de Kiev e Chernigov. Em segundo lugar, Moscou admitiu a possibilidade de uma reunião entre Putin e Zelensky assim que o acordo de paz estivesse pronto.
No entanto, logo depois, o ministro russo das Relações Exteriores, Sergei Lavrov, comunicou que a Ucrânia desistiu de suas próprias propostas e realizou múltiplas provocações a fim de congelar o processo de negociações. Particularmente, de acordo com Lavrov, Kiev apresentou um novo projeto de acordo com Moscou que obviamente se afasta das posições acordadas durante o encontro em Istambul.
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