Panorama internacional

WP: EUA podem beneficiar com recessão na Europa

Os EUA podem beneficiar da recessão na Europa, em consequência do corte do fornecimento do gás russo, diz o jornal The Washington Post citando economistas e altos funcionários norte-americanos. Contudo, o país vai inevitavelmente sofrer caso a Rússia decida parar as exportações de petróleo, diz a edição.
Sputnik
The Washington Post cita um representante da administração Biden, falando sob anonimato. Segundo ele, o Departamento do Tesouro, em cooperação com o grupo de assessores econômicos da Casa Branca, prevê para os Estados Unidos efeitos "moderados e controlados" da recessão na Europa, uma vez que o comércio entre os EUA e a UE apenas constitui 1% do PIB norte-americano.
"Se a Rússia continuar vendendo ao mundo o seu petróleo, cortando as exportações de gás para a Europa, os efeitos para a economia dos EUA provavelmente serão mínimos. Na realidade, isso até pode ajudar as empresas norte-americanas que extraem gás natural. Isso também pode enfraquecer a procura global, contribuindo para a redução da pressão de preços interna", diz a publicação.
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"Se a Europa mergulhar na recessão, é óbvio que a procura por uma ampla série de mercadorias vai se reduzir. Agora nos encontramos em uma situação tão perversa que pode haver momentos positivos nisso", afirmou o economista Dean Baker, referindo-se às tentativas da administração norte-americana de controlar a maior inflação dos últimos 40 anos.

O cenário mais negativo para os EUA pode ocorrer caso a Rússia se recuse a exportar o seu petróleo, o que pode suceder caso os países ocidentais apliquem o mecanismo de limitação de preços dos combustíveis russos.
"Isso empurrará a economia para a recessão. Os preços da gasolina vão em um instante subir drasticamente, podendo atingir o recorde de cinco dólares por galão. A economia não pode absorver cinco dólares por galão [R$ 6,6 por litro]", afirma o economista Mark Zandi, da Moody’s Analytics, citado pela edição.

"Um corte completo das exportações russas de petróleo prejudicaria seriamente a economia dos EUA, de acordo com economistas, analistas de energia e avaliações internas da Casa Branca", escreve o autor.

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A secretária do Tesouro norte-americana, Janet Yellen, reconheceu no domingo (11) os riscos da alta dos preços do combustível nos próximos meses, quando a União Europeia se recusar a comprar a maior parte do petróleo russo e deixar de prestar serviços relacionados com sua transportação por via marítima. Os EUA e os seus aliados querem apenas abrir exceções para os lotes que se enquadrem nas restrições de preços.
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