Um dos fundadores da Nouvelle Vague, Godard é considerado um dos mais influentes e importantes cineastas do mundo. O movimento foi criado na França, nos anos 1950, levando novos conceitos estéticos ao cinema mundial, como cortes bruscos, movimento de câmera e diálogos profundos e existenciais.
Godard teve mais de 70 anos de carreira e mais de 40 longas-metragens, além de curtas, documentários e ensaios, além de filmagens de música. Entre as principais obras do diretor estão os filmes "Acossado", "O Desprezo", "Viver a Vida" e "O Demônio das Onze Horas".
Brigitte Bardot em "O Desprezo" ("Le Mépris"), dirigido por Jean-Luc Godard, em 1963
© Foto / Les Films Concordia (1963)
A notícia da morte gerou reações na mídia mundial e homenagem do presidente da França, Emmanuel Macron, que exaltou a carreira do cineasta. Nas redes sociais, o líder francês afirmou que a França perdeu um "tesouro nacional".
"Jean-Luc Godard, o mais iconoclasta dos cineastas da Nouvelle Vague, inventou uma arte intensamente livre e resolutamente moderna. Perdemos um tesouro nacional, o olhar de um gênio", disse.
Na mensagem enviada à mídia francesa, a esposa de Godard declarou que o cineasta "morreu pacificamente em sua casa, cercado de pessoas amadas". O corpo do ícone do cinema moderno será cremado, e não haverá cerimônia oficial.
Segundo publicou o jornal francês Libération, citando a família de Godard, o cineasta teve acesso a suicídio assistido na comuna de Rolle, na Suíça, onde o recurso é legalizado desde 1942. De acordo com o jornal, familiares do diretor afirmam que Godard não estava doente, mas "esgotado".