A Dinamarca e a Ucrânia concluíram um acordo sob qual os soldados ucranianos serão treinados em solo dinamarquês.
"Não posso revelar detalhes do acordo, mas os militares ucranianos serão treinados na Dinamarca", disse o ministro da Defesa dinamarquês, Morten Bodskov, à TV2 durante visita à capital ucraniana, Kiev.
Anteriormente, em agosto, surgiram notícias de que a Dinamarca contribuiria com 130 instrutores para o treinamento, liderado pelo Reino Unido, de soldados ucranianos de experiência militar limitada ou ausente no outono no Hemisfério Norte deste ano. Na época, o ministro da Defesa, Morten Bodskov, também propôs treinamento adicional na Dinamarca para militares ucranianos, incluindo os comandantes.
A Dinamarca treina soldados ucranianos na Ucrânia desde a reunificação da Crimeia com a Rússia em 2014, considerada "anexação" por Copenhague.
A Dinamarca também prometeu apoiar a Ucrânia no futuro com doações e armas.
"Enquanto quiserem o nosso apoio, vamos apoiá-los junto com os outros aliados", disse Bodskov, citado pela Rádio Dinamarquesa, acrescentando que o mundo teria que se preparar para um conflito "longo".
Há um mês que a Dinamarca organizou uma conferência internacional para garantir um fluxo estável de armas e munições para os militares ucranianos, e os participantes concordaram em criar um fundo de DKK 11 bilhões (R$ 7,5 bilhões).
O fornecimento de armas dinamarquês incluiu blindados para transporte de pessoal, minas antitanque, mísseis antinavio Harpoon e granadas de morteiro. Até final de maio, a Dinamarca contribuiu com armas no valor de DKK 2 bilhões (R$ 1,35 bilhão) para a Ucrânia. Além disso, Copenhague condenou a operação especial russa na Ucrânia e endossou ansiosamente todas as ondas de sanções da UE contra a Rússia. Além disto, a Dinamarca suporta uma proibição total da UE aos turistas russos, uma medida apoiada pela Polônia e pelos Países Bálticos.
O embaixador russo na Dinamarca criticou a decisão anterior do país de treinar os soldados ucranianos como "aposta na vitória militar de Kiev" e "adiamento de paz". A embaixada acrescentou que isso levaria a uma "escalada do conflito "e "perdas inevitáveis para a Ucrânia".