Conforme comunicado do governo norte-americano, o fundo permanecerá fora do alcance do Talibã (organização sob sanções da ONU por atividade terrorista), que atualmente governa o Afeganistão.
"Os Estados Unidos, por meio do Departamento do Tesouro e do Departamento de Estado, e em coordenação com parceiros internacionais, incluindo o governo da Suíça e especialistas econômicos afegãos, anunciaram hoje a criação de um fundo para beneficiar o povo do Afeganistão, ou o 'Fundo Afegão'", diz o documento.
Os talibãs "não fazem parte do fundo afegão", salientou o Departamento de Estado, apontando o estabelecimento de "salvaguardas robustas" para impedir que os fundos sejam utilizados para atividades ilícitas. Ainda segundo o documento, a conta do fundo será mantida na Suíça.
Guardas do Talibã em posto de controle em Herat, no Afeganistão, em 15 de agosto de 2022
© AFP 2023 / Mohsin Karimi
"Hoje os Estados Unidos e seus parceiros dão um passo importante e concreto para garantir que recursos adicionais possam ser usados para reduzir o sofrimento e melhorar a estabilidade econômica para o povo do Afeganistão, continuando a responsabilizar os talibãs", declarou a vice-secretária de Estado norte-americana, Wendy Sherman, conforme o comunicado.
O Talibã chegou ao poder no Afeganistão em agosto de 2021, após a saída das tropas norte-americanas do território afegão. O país hoje convive com o aprofundamento de crises econômicas, humanitárias e de segurança.
Em fevereiro deste ano, o presidente norte-americano, Joe Biden, assinou uma ordem que permite que US$ 7 bilhões (cerca de R$ 36,2 bilhões) em fundos do banco central afegão retidos pelos EUA sejam divididos igualmente entre um fundo humanitário para ajudar o povo afegão e a compensação pelas vítimas do terrorismo.