Assim, o veículo norte-americano reagiu a uma matéria publicada na semana passada pelo ex-oficial do Exército norte-americano, étnico ucraniano e diretor dos Assuntos Europeus do Conselho de Segurança Nacional, Alexander Vindman, afirmando que após a dissolução da União Soviética a abordagem de Washington com relação a Moscou ficou presa no pólo de apaziguamento da última etapa da Guerra Fria.
Na sua opinião, os EUA deveriam tomar outra posição: em vez de "pisar em ovos" com a Rússia, conforme diz o título de seu artigo, a Casa Branca devia desde o início ter tomado a posição de confrontação direta com Moscou.
A Foreign Affairs relembra por sua vez que até nos anos 1990, um período de auge das relações bilaterais, Washington ativamente procurou a extensão da OTAN, apesar das objeções de Moscou.
"Mesmo que o Ocidente tivesse algumas hesitações sobre o ingresso da Ucrânia na OTAN, essas eram o resultado de sua insolvência crônica como Estado e não o desejo de satisfazer Moscou", rebate a publicação.
Em dezembro de 2014, a Suprema Rada da Ucrânia fez emendas em duas leis, tendo desistido do status de país fora dos blocos. Em fevereiro de 2019, o parlamento da nação aprovou as mudanças na Constituição firmando o rumo do país para a UE e OTAN. A Ucrânia tornou-se o sexto Estado a receber o status de parceira da aliança com capacidades amplificadas.
Os representantes de Washington declararam várias vezes que no momento a possibilidade de adesão da Ucrânia à OTAN não é considerada. Ao mesmo tempo, nos Estados Unidos ressaltaram que a aliança nunca desistirá de sua política de "portas abertas" e não descartaram que no futuro Kiev possa tentar ingressar na organização.
A Rússia considera a potencial entrada da Ucrânia no bloco uma ameaça à sua segurança.