Segundo o Kremlin, durante o encontro eles também trataram da missão da Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) às instalações da maior usina nuclear da Europa.
"A situação em torno da Usina Nuclear de Zaporozhie foi discutida, inclusive no contexto dos resultados da visita da delegação da AIEA em 1º de setembro. Vladimir Putin avaliou positivamente a cooperação construtiva com a agência e falou sobre as medidas tomadas pela Rússia para garantir a segurança e a proteção física das instalações", disse o Kremlin em comunicado.
Eles ainda trataram do assassinato de Daria Dugina, dos acordos sobre os grãos ucranianos e da exportação de produtos agrícolas russos.
Segundo o Kremlin, Putin voltou a condenar "as atividades criminosas das formações neonazistas ucranianas, que recorrem a métodos de terror contra opositores e críticos do regime de Kiev".
Putin lembrou ao secretário-geral o "vil e cruel assassinato de Daria Dugina". Embora António Guterres tenha concordado em condenar o crime, dizendo que "não pode haver justificativa para isso", Natalia Vovk segue foragida na Letônia.
Cidadã ucraniana, Natalia Vovk é apontada pelas autoridades russas como a responsável pela explosão do carro de Dugina, assassinada na noite de 20 de agosto. Segundo a polícia russa, o carro-bomba foi preparado pelos serviços especiais ucranianos.
Tratando dos acordos de Istambul, que garantem a comercialização e exportação de grãos ucranianos a partir dos portos do mar Negro, Guterres disse ao chefe de Estado russo que a ONU está buscando "remover todos os obstáculos ao fornecimento de produtos agrícolas e fertilizantes russos aos mercados mundiais".
Os lados também destacaram que é importante priorizar as exportações de produtos alimentícios para países da África, Oriente Médio e América Latina.