Nesta quarta-feira (14), a Comissão Europeia delineou um orçamento para levantar mais de € 140 bilhões (R$ 722 bilhões) para lidar com a crise de energia que aumentou a perspectiva de racionamento de combustível no inverno, insolvências corporativas e recessão econômica.
Segundo a presidente do Executivo da UE, Ursula von der Leyen, o plano deve arrecadar esse orçamento para apoiar famílias e empresas de todos os 27 Estados-membros do bloco.
"Os Estados-membros já investiram bilhões de euros para ajudar famílias vulneráveis. Mas sabemos que isso não será suficiente", disse a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen citada pela mídia.
Para estancar a crise lançada pelas sanções europeias contra a Rússia, que fizeram Moscou reduzir o envio de gás e petróleo, os governos europeus responderam com medidas que vão desde limitar os preços das contas de eletricidade e gás do consumidor até oferecer crédito e garantias para evitar que os fornecedores de energia entrem em colapso sob o peso das demandas colaterais.
Ao mesmo tempo, von der Leyen revelou planos para limitar as receitas dos geradores de eletricidade que ganharam com o aumento dos preços da energia, mas não dependem do gás caro. Ela também esboçou um planejamento para forçar as empresas de combustíveis fósseis a compartilharem os lucros inesperados das vendas de energia.
Este último movimento já havia sido anunciado na semana passada, quando o bloco sugeriu a ideia de captura de lucro e meta obrigatória para reduzir uso de eletricidade, conforme noticiado.
"Nestes tempos, é errado receber receitas extraordinárias e lucros recordes beneficiando-se da guerra e nas costas de nossos consumidores", disse von der Leyen hoje (14).
Entretanto, o anúncio desta quarta-feira (14), não incluiu uma ideia anterior da UE de limitar os preços do gás russo. Essa ideia dividiu os Estados-membros depois que Moscou alertou que poderia cortar todo o fornecimento de combustível. A presidente disse que a comissão ainda está discutindo a ideia.