Recentemente, o governo alemão decidiu suspender o encerramento de duas usinas nucleares após a interrupção do fornecimento de gás pelo gasoduto russo Nord Stream (Corrente do Norte) que ocorreu devido às sanções ocidentais.
De acordo com o economista, as autoridades alemãs poderiam tomar medidas mais decisivas para garantir a segurança energética.
"Alemanha se encontra à beira do abismo devido à crise energética." A indústria pesada alemã pode até ter que reduzir a produção para lidar com o aumento dos custos de energia.
O maior fabricante mundial de aço, ArcelorMittal, já anunciou que vai cessar o funcionamento de altos fornos em algumas de suas fábricas.
A produção de alimentos também será afetada. Devido ao aumento do preço do gás na Europa, 70% da produção europeia de fertilizantes, que depende do gás, tem sido interrompida, alerta o especialista.
Segundo ele, as autoridades do país colocam a "pauta verde" à frente das crises que a Alemanha está enfrentando. Em apoio a esta posição, o economista austríaco citou a declaração do chefe do Ministério da Agricultura alemão, Cem Ozdemir, que disse que "a fome não deve ser abusada como argumento para fazer concessões em relação à biodiversidade ou a proteção do clima".
A Alemanha e outros países ocidentais têm enfrentado o aumento dos preços de energia e um salto na inflação por causa da imposição de sanções contra Moscou e da política de embargo de combustível russo.
Devido ao aumento do preço dos combustíveis, especialmente do gás, a indústria alemã perdeu em grande parte sua vantagem competitiva, o que afetou outras áreas da economia da Alemanha – a mais poderosa da União Europeia.