Ontem (14), o Comitê de Relações Exteriores do Senado dos EUA aprovou um projeto de lei que que prevê o fornecimento de US$ 4,5 bilhões (cerca de R$ 23,2 bilhões) em ajuda militar a Taiwan e um empréstimo de US$ 2 bilhões (cerca de R$ 10,3 bilhões) para a compra de equipamento de segurança, bem como designando a ilha de "principal aliado dos EUA fora da OTAN".
Após a aprovação pelo referido comitê, o projeto de lei da Política em Relação a Taiwan será submetido à apreciação de todo o Senado dos EUA.
"Os EUA, que são capazes de acionar a 'impressora [de dinheiro]' e alocar qualquer quantia, estão fortalecendo Taiwan para transformar a ilha em uma 'anti-China'. Ou seja, Washington está realizando a mesma política que na Ucrânia, transformando-a em uma 'anti-Rússia'. A quantia é bastante elevada, e inclui o fornecimento de armas avançadas à Taipé. Os EUA transformam a ilha em um posto avançado contra Pequim para que ela nunca retorne à China continental", observa Korotchenko.
O especialista sugere que Pequim não irá realizar uma operação de força para recuperar Taiwan, essa decisão será descartada em favor de medidas político-diplomáticas.
As autoridades da "China estão cientes que, em caso de escalada militar, [o país] terá que combater não com Taiwan, mas com uma coalizão antichinesa liderada pelos EUA", explicou o interlocutor da agência.
A China considera Taiwan como uma província rebelde e não descarta o uso da força para colocar a ilha governada democraticamente sob seu controle.