A Argentina liberou 12 tripulantes de um avião venezuelano que tinha sido parado por solicitação dos EUA em junho, relatou na quarta-feira (14) a agência iraniana Press TV.
A reportagem, que cita a mídia local, indica que um tribunal de apelação decidiu na terça-feira (13) que 11 venezuelanos e um iraniano que viajavam a bordo do avião de carga Boeing 747 mantido no aeroporto de Ezeiza podem partir.
As autoridades argentinas também pediram ao juiz que concluísse a investigação sobre os sete tripulantes restantes, que incluem quatro iranianos e três venezuelanos, em um prazo de dez dias.
Washington diz que a venda em outubro de 2021 do avião à Emtrasur, uma subsidiária da transportadora estatal venezuelana Conviasa, violou as sanções dos EUA. O avião foi detido em junho de 2022 por Buenos Aires após o apelo americano.
Tanto a Venezuela quanto o Irã, que assinaram um acordo de cooperação de 20 anos em junho, estão sob sanções abrangentes dos EUA. Nicolás Maduro, presidente venezuelano, acusou os EUA de tentar "roubar-nos um gigantesco e moderno avião de carga".
O filho do piloto iraniano, Hossein Ghasemi, disse recentemente que seu pai voou em muitas companhias aéreas no passado e já tinha voado para Dubai, Damasco, Paris e outras cidades.
Desde a venda do avião, seu pai foi encarregado pela Organização da Aviação Civil Iraniana de treinar pilotos venezuelanos. Ele havia passado um ano treinando os venezuelanos e feito vários voos na América do Sul.