Panorama internacional

'Condenado ao fracasso': economista dos EUA critica novo plano do Ocidente para atingir Rússia

Os EUA e a União Europeia (UE) estão se preparando para cometer mais um erro em relação à Rússia, escreve o economista americano James Rickards no jornal The Daily Reckoning.
Sputnik
"Quando começas a pensar que a política de sanções impostas à Rússia não pode se tornar ainda mais estúpida, é isso que acontece", aponta o especialista no artigo.
Rickards se refere ao plano de Bruxelas e Washington de pressionar Moscou com a ajuda das companhias de seguros. O plano sugere que a Lloyd's of London e outras seguradoras internacionais possam recusar prestar seus serviços a petroleiros que exportem petróleo russo se o preço desta matéria-prima não for limitado de acordo com os requisitos do Ocidente.
"Este plano está condenado ao fracasso", diz o economista americano.
De acordo com ele, a Rússia poderá facilmente encontrar uma alternativa às companhias de seguros do Ocidente. Além disso, o preço do petróleo é determinado no mercado mundial, não em uma determinada região, e a Rússia pode prescindir dos clientes na Europa – tem comparadores na China, Índia e em outros países, acrescenta Rickards.
Além disso, Moscou já declarou que não exportará petróleo para os países que limitem os preços do seu petróleo.
"Será apenas mais uma [medida], em uma longa lista de sanções fracassadas. Este é apenas mais um esquema disparatado de Janet Yellen [secretária do Tesouro dos EUA]”, ressalta o artigo.
Ao mesmo tempo, a Alemanha planeja prestar ajuda financeira aos seus cidadãos que estão sofrendo com os altíssimos preços da energia. O preço deste apoio aos consumidores é de US$ 65 bilhões. Existe uma boa chance de o montante real vir a ser muito maior ainda.
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O jornal aponta que planos semelhantes de apoio aos consumidores estão sendo ativamente considerados pela nova premiê britânica Liz Truss e pelo governo da República Tcheca.
Por fim, Rickards avança que estes subsídios não tocam no ponto essencial. Eles podem oferecer aos consumidores algum alívio a curto prazo, mas os custos não são o principal problema. O problema é se o petróleo e gás natural estarão disponíveis a qualquer preço. O preço é irrelevante quando o fornecimento é zero.
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