Na avaliação dela, ainda não chegou o momento de melhorar as relações com Moscou.
Von der Leyen também disse que iria a Kiev para se encontrar com o presidente ucraniano Vladimir Zelensky. Com ele, ela pretende discutir a ajuda da Europa.
Mas os leitores do jornal francês Le Figaro ficaram indignados com o fato de a chefe da CE não ser uma funcionária eleita pelo povo europeu e por não ter autoridade para tomar decisões sobre sanções.
"Como você pode dar um poder tão enorme a uma burocrata que não foi eleita por ninguém e que está completamente longe dos interesses dos povos europeus?", questionou o usuário Carlos Hojaij.
Ele chamou as palavras do chefe da CE de "absurdas" e comparou a funcionária com a recém-eleita primeira-ministra britânica Liz Truss, que disse que havia chegado a hora de "coragem e fortaleza" contra a Rússia, e não de cautela.
O leitor também perguntou por que Truss e Von der Leyen não perguntaram aos europeus se eles estavam dispostos a pagar os custos pela Ucrânia.
“A propósito, fomos nós que participamos da destruição de todos esses objetos de valor [ucranianos] quando enviamos bilhões de dólares em armas e instrutores para a Ucrânia”, enfatizou. "Quem diabos é ela? Estamos cientes de quem recebeu poder ilimitado? Quem deu a ela o direito de decidir quando lutar e quando resistir?", questionou, indignado.
Outro usuário lembrou que a missão do chefe da CE é implementar as decisões dos chefes dos Estados-membros da UE.
"Como uma mulher dessas pode ser nomeada presidente da Comissão?" perguntou uma pessoa identificada como Garance.
Um leitor disse que ela é uma funcionária pública alemã de alto escalão e pediu que ela fosse demitida do cargo.
"Acho que para uma funcionária sem mandato eletivo, ela fala demais”, comentou o leitor Maxime.
Ele considerou uma pena que Von der Leyen tome quaisquer decisões em nome da União Europeia.
"Eu gosto desta senhora, ela vai destruir a UE [União Europeia] — uma coisa inútil como a OTAN [Organização do Tratado do Atlântico Norte]!", confessou outro usuário.
14 de setembro 2022, 10:04
Outro leitor do jornal acrescentou que Von der Leyen está indo além do que ela é paga para fazer.
Os países ocidentais impuseram diversas sanções contra Moscou após o início da operação especial do Exército russo para desmilitarizar e desnazificar a Ucrânia.
Assim, cerca de US$ 300 bilhões (R$ 1,5 trilhão) em reservas russas internacionais foram congeladas.
Apelos para abandonar as fontes de energia russas também se tornaram mais estridentes.
No entanto, a interrupção das cadeias de suprimentos levou a problemas econômicos na Europa e nos Estados Unidos, principalmente preços mais altos de alimentos e combustíveis.
O Kremlin classificou as sanções de uma guerra econômica sem precedentes.