A declaração de Kwatra foi dada durante um briefing após o secretário ser questionado sobre a inciativa, anunciada no início do mês pelos ministros das Finanças dos países do G7.
"A Índia não é membro do G7, apenas para ser claro sobre isso [...]. Veja, já dissemos várias vezes e em outras plataformas, também, que, quando as entidades indianas saem e tentam responder às necessidades da Índia em matéria de segurança energética e adquirem petróleo, elas essencialmente compram no mercado. Essas não são compras entre governos", afirmou.
No dia 2, os ministros das Finanças do G7 anunciaram a proposta de impor um teto ao preço do petróleo russo, apelando a todas as nações para que apoiassem a iniciativa. O limite de preços está previsto para entrar em vigor em 5 de dezembro com relação ao petróleo bruto e em 5 de fevereiro de 2023 para os produtos refinados provenientes da Rússia.
Refinaria de Petróleo de Moscou (MNPZ, na sigla em russo), da Gazprom Neft, em Kapotnya, na Rússia
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A proposta faz parte dos esforços dos Estados Unidos e de seus aliados em exercer pressão sobre a Rússia devido à deflagração da operação militar especial russa na Ucrânia. Em resposta à medida anunciada pelo G7, Moscou promete interromper as exportações de petróleo para os Estados que adotarem o teto de preços.
O ministro indiano da Energia, Hardeep Singh Puri, também comentou recentemente o assunto afirmando que a Índia avaliaria cuidadosamente um eventual apoio à proposta do G7. No entanto o ministro acrescentou que ainda não está claro quais países participarão da iniciativa e quais consequências a proposta traria aos mercados. Singh Puri ressaltou que não há "conflito moral" na compra de petróleo russo, mas existe um dever moral para com os consumidores na Índia.