Segundo a publicação, que cita fontes na Casa Branca, o governo de Joe Biden, presidente dos EUA, acredita que o fornecimento dos sistemas à Ucrânia é um risco, pois pode escalar a situação.
Os analistas ouvidos pela CNN sustentam que as armas podem ser usadas para atacar o território russo. "As armas podem eventualmente ser fornecidas à Ucrânia, mas tal decisão provavelmente está longe no futuro", disseram as fontes.
A publicação aponta que eles ainda alertaram que é muito cedo para falar em progressos no conflito, pois a Rússia "está longe de ser uma força militarmente gasta".
Os EUA ainda não estão inclinados a fornecer às forças ucranianas os sistemas ATACMS, que elas solicitam há meses, disseram autoridades à CNN.
Os ATACMS têm um alcance de até 300 quilômetros. Atualmente, o alcance máximo de armas fornecidas pelos EUA à Ucrânia é de cerca de 78 quilômetros.
Recentemente, alguns oficiais militares dos EUA também reconheceram que sistemas hoje considerados muito escalonados (como jatos F-16) podem eventualmente ser fornecidos à Ucrânia.
O Ministério das Relações Exteriores da Rússia disse nesta quinta-feira (15) que se os Estados Unidos decidirem fornecer mísseis de longo alcance a Kiev, o país cruzará uma "linha vermelha" e se tornará "uma parte do conflito".
Em um comunicado, a representante oficial do MRE russo, Maria Zakharova, disse que a Rússia "se reserva o direito de defender seu território".
Ontem (14) o embaixador da Rússia nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, disse que Moscou entraria em embate militar com Washington se fossem oferecidos a Kiev mísseis de longo alcance que pudessem chegar ao território russo.
Antonov enfatizou que "esse cenário significaria um envolvimento direto dos EUA em um confronto militar com a Rússia".
Ao mesmo tempo, o diplomata chamou a atenção para o fato de que os EUA transformam a Ucrânia em escala de teste para o descarte de armas antigas e o teste de novas armas, em um esforço contra o Estado russo.