Peter Szijjarto, ministro das Relações Exteriores da Hungria, defendeu que a política de sanções e tentativas de enfraquecer a Rússia, que poderia "colocar a Europa de joelhos", deveria ser abandonada.
Szijjarto disse na quinta-feira (15) que estava recebendo em Budapeste o general Qamar Javed Bajwa, chefe do Estado-Maior Geral das Forças Armadas do Paquistão. O ministro húngaro prometeu ajudar o país asiático no seu combate às fortes inundações.
"Concordamos que devemos apoiar medidas que aproximem o fim da crise [...] e esquecer as medidas que apenas levem a uma maior escalada. Está ficando cada vez mais óbvio que a política de sanções não está funcionando, e que as tentativas de enfraquecer os russos podem colocar a Europa de joelhos", escreveu o chanceler.
Szijjarto também comentou a decisão do Parlamento Europeu de reconhecer "graves violações" dos valores europeus pela Hungria, pediu a esse órgão que abordasse os problemas reais dos europeus, como o aumento dos preços da energia causado pelas sanções.
O Parlamento Europeu chamou nesta quinta-feira (15) a Hungria de "autocracia" devido ao que declararam ser o risco de violações graves dos valores fundamentais da União Europeia. Os eurodeputados sugeriram que a Comissão Europeia interrompesse os subsídios à Hungria no âmbito do plano de reconstrução econômica.
"Quanto à decisão do Parlamento Europeu de hoje [15], os representantes do órgão parlamentar bem pagos fariam melhor se lidassem com problemas europeus reais, tais como ajudar as pessoas e a economia europeia depois que os preços da energia triplicaram ou quadruplicaram devido às sanções", comentou ainda Szijjarto, e exortou a "buscar uma saída para a Europa da recessão, da alta inflação e dos altos preços da energia", em vez de continuar criticando Budapeste.
"Considero ser um grave insulto aos cidadãos húngaros questionar a eficácia da democracia em nosso país. O povo húngaro decidiu claramente em quatro eleições consecutivas que futuro gostaria de ter para o país", disse o ministro húngaro.