"Em relação ao memorando entre a Rússia e a ONU sobre exportações de fertilizantes e produtos agrícolas nacionais, no momento não há resultados concretos [...] As exceções — anunciadas pelos Estados Unidos e União Europeia [UE] — às sanções unilaterais para fertilizantes e alimentos não funcionam", disse a representante a repórteres.
Ela também especificou que os operadores econômicos e produtores russos continuam enfrentando dificuldades de transporte, seguro e pagamentos.
Em relação às exportações de cereais dos portos ucranianos, Zakharova continuou dizendo que, segundo dados desta terça-feira (13), "129 navios zarparam, e exportaram 2.872.711 toneladas de alimentos, principalmente milho [53%], trigo [22%], óleo e sementes de girassol [8%]".
"De acordo com as informações que temos, apesar das afirmações do secretário-geral da ONU sobre a necessidade de alimentar os países pobres da África e da Ásia, os principais destinatários das cargas são os países que se qualificam como desenvolvidos [Espanha, Países Baixos, Itália, Coreia do Sul, Romênia, Alemanha, França, Grécia, Irlanda e Israel]", denunciou Zakharova.
13 de setembro 2022, 06:37
A representante ressaltou que sua participação é de 44%; outros 19% são enviados para a Turquia sob obrigações comerciais para processamento adicional e que "a parcela dos países que precisam de alimentos é de apenas 8%, são [eles] o Sudão, Quênia, Djibuti, Somália, Iêmen e Líbano".
No dia 22 de julho, Rússia, Turquia e ONU assinaram um acordo para desbloquear a exportação de grãos e fertilizantes da Ucrânia. Representantes do governo ucraniano assinaram um documento semelhante com representantes de Ancara e da ONU. Além disso, a Rússia assinou um memorando com a ONU para contribuir com a exportação de fertilizantes e produtos agrícolas russos para os mercados internacionais.
Na quarta-feira da semana passada (7), o representante permanente da Rússia na ONU, Vasily Nebenzya, assegurou que a parte do acordo de produtos relacionada à exportação de alimentos e fertilizantes russos não funciona. O acordo deve ser renovado em novembro, mas não está claro se a Rússia vai assinar o documento.