A delegação chinesa que acompanhará o vice-presidente chinês, Wang Qishan, a Londres para participar do funeral da rainha Elizabeth II na segunda-feira (19) não poderá ver seu caixão na vigília no Parlamento, informou a BBC nesta sexta-feira (16).
A mídia relata que a comissão do´vice-presidente teve acesso negado ao Westminster Hall, onde fica o caixão da rainha, devido às sanções chinesas aplicadas a legisladores britânico por criticarem supostos abusos de direitos humanos em Xinjiang.
Entretanto, as sanções seriam estendidas à delegação, mas não a Wang e a decisão da presidente da Câmara dos Comuns, Lindsay Hoyle, foi tomada independentemente do palácio, de acordo com o The Guardian.
Hoyle é responsável pelo Westminster Hall, e seu gabinete inicialmente se recusou a comentar dizendo que era uma questão de segurança. Downing Street empreendeu o mesmo movimento e também se recusou a comentar, com um porta-voz nº 10 dizendo que "a admissão ao Parlamento é um assunto para o Parlamento".
A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Mao Ning, disse que não tinha visto relatos sobre a proibição.
"Como anfitrião, o Reino Unido certamente está familiarizado com os protocolos diplomáticos e as maneiras adequadas de receber convidados. [...] O que eu quero dizer é que o funeral de Estado da rainha Elizabeth II é um evento importante para o país. As delegações estrangeiras que participam do evento por convite de Londres é um sinal de respeito à rainha e à importância atribuída [as relações com] o Reino Unido", disse Mao citada pela BBC.
No ano passado, Pequim impôs proibições de viagem e congelamento de bens a nove britânicos – incluindo sete parlamentares – por acusar Pequim de maltratar muçulmanos uigures.
Isso levou o embaixador da China no Reino Unido, Zheng Zeguang, a ser banido do Parlamento, uma medida que agora foi estendida a uma delegação que queria prestar seus respeitos à rainha Elizabeth II.