Altos funcionários dos EUA revelaram em declarações à emissora americana CNN sua desilusão sobre o bom desempenho da economia da Rússia, apesar das sanções impostas pelos países ocidentais.
A CNN citou as receitas recorde da venda de petróleo e gás após a subida dos respetivos preços como razão para uma queda econômica muito menor do que o esperado, apesar das sanções impostas a Moscou serem as mais duras de todos os tempos.
Para as fontes citadas, as restrições impostas contra o país deviam ter tido um efeito mais devastador.
"Esperávamos que coisas como a [desconexão do sistema de pagamentos] SWIFT e todas as sanções de bloqueio aos bancos russos implodissem totalmente a economia russa e que, basicamente, até setembro, estaríamos lidando com uma Rússia economicamente muito mais enfraquecida do que aquela com a qual estamos lidando", comentou um dos altos funcionários.
Um outro funcionário do governo mencionou que a atual administração americana esperava ver a Rússia sofrendo mais agora, devido às condições altamente desfavoráveis para o país.
Ao mesmo tempo, outro funcionário garantiu que os políticos que elaboraram as sanções esperavam que seu efeito seria de longo prazo, e que fatores como os custos da operação militar especial na Ucrânia e os altos preços dos hidrocarbonetos não seriam sustentáveis.
Desagregação da Rússia não vai acontecer
Vladimir Putin, presidente da Rússia, disse nesta sexta-feira (16) que os países ocidentais querem a desagregação de seu país, mas que isso não acontecerá.
"Eles não verão isso", assegurou.
Na segunda-feira (12) ele também afirmou que "a tática do blitzkrieg econômico, um assalto no qual eles apostaram, não deu certo, isso já é óbvio para todos, inclusive para eles. Nós concretizamos rapidamente medidas protetoras eficazes, lançamos mecanismos de apoio aos setores-chave, às empresas mais importantes, bem como às pequenas e médias empresas", acrescentando que o orçamento russo está em melhor situação que a de muitos países do G20 e amigos no BRICS.