Além da ala executiva dos EUA, funcionários do Pentágono também estariam se opondo à ideia, segundo dois militares citados pela NBC News.
Oficiais de defesa que desaconselharam o fornecimento de mísseis de longo alcance a Kiev – conhecidos como Sistemas de Mísseis Táticos do Exército (ATACMS) – expressaram preocupações de que os mísseis possam ser usados contra alvos dentro do território russo e potencialmente desencadear uma guerra mais ampla com Moscou, disseram os militares à mídia.
Na quarta-feira (14), o embaixador russo nos Estados Unidos, Anatoly Antonov, disse que Moscou entraria em embate militar com Washington se for oferecido a Kiev mísseis de longo alcance que poderiam chegar ao território do Estado russo.
"De particular, preocupação é o fato de que, por muitos meses, a Ucrânia solicitou o fornecimento de mísseis táticos ATACMS, projetados para atingir alvos a até 300 quilômetros de distância. Se Kiev obtiver tais armas, grandes cidades russas, bem como instalações industriais e de transporte infraestrutura, estarão dentro das áreas de possível destruição", afirmou.
De acordo com a mídia, diversos legisladores tanto republicanos quanto democratas apoiam o pedido da Ucrânia pelos mísseis, entretanto, o governo Biden declarou no mês passado que a Ucrânia não precisa dos ATACMS de longo alcance, dizendo que outros foguetes e mísseis de curto alcance provaram ser eficazes contra as forças russas.
Na terça-feira (13), o presidente Joe Biden disse que "não enviaremos à Ucrânia sistemas de foguetes que atinjam a Rússia", embora não tenha especificado se Washington havia descartado certas armas, segundo a NBC.