Panorama internacional

'Gesto simbólico': Paris tenta dar exemplo e apagará luzes da pirâmide do Louvre mais cedo

A partir deste sábado (17), as luzes dentro da icônica pirâmide do Louvre serão apagadas mais cedo como um "gesto simbólico, anunciou a ministra da cultura da França, Rima Abdul Malak, salientando que a medida busca mostrar à população francesa a necessidade de economizar energia.
Sputnik
A pirâmide de vidro e aço do lado de fora do Museu do Louvre é iluminada por dentro até a 01h00 todas as noites. Segundo afirmou a ministra Malak, durante entrevista a um programa na emissora France 2, a iluminação passará a ser apagada duas horas mais cedo do que o habitual.
"Vamos apagar as luzes mais cedo na Pirâmide do Louvre a partir desta noite. Em vez de desligar as luzes às 01h00, o Louvre escurecerá às 11h00", disse ela.
Lua em meio à Torre de Eiffel em Paris, França, 28 de fevereiro de 2021
Outros prédios públicos também tentarão passar a mesma mensagem extinguindo a iluminação com antecedência. O Palácio de Versalhes apagará as luzes às 23h00 a partir da próxima semana, uma hora antes do normal, enquanto as luzes da Torre Eiffel estarão apagadas às 23h45, em vez de 01h00, a partir de 23 de setembro.

Medida vem em meio à crise energética na Europa

Durante a semana, a primeira-ministra francesa, Elisabeth Borne, afirmou que a França pretende implementar um teto de preços para de gás e energia para conter a alta nos custos sobre os cidadãos. Conforme publicou a agência Reuters, a expectativa é que a implementação da medida, a partir de janeiro de 2023, custe 16 bilhões de euros (cerca de R$ 84 bilhões) aos cofres públicos franceses.
Segundo estimativas do governo francês, a implementação do limite fará com que casas com aquecimento no país tenham um aumento médio nas contas de energia de 25 euros (cerca de R$ 131), em vez de 200 euros (cerca de R$ 1.052).
A presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen (no centro), discursa ao lado do comissário europeu para o "Green Deal" europeu, Frans Timmermans, durante conferência em Bruxelas, em 20 de julho de 2022
Assim como diversos países da União Europeia (UE) e o Reino Unido, a França enfrenta uma crise energética devido às sanções impostas contra a Rússia no contexto da operação militar especial russa na Ucrânia. Com riscos de escassez e aumento dos preços, a UE tem anunciado medidas como subsídios financeiros para o setor energético, além de pedir aos cidadãos europeus que economizem energia, já de olho em possíveis problemas durante o inverno europeu.
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