Panorama internacional

Apoio condicional? Agricultores europeus querem se resguardar de cereais ucranianos, segundo WSJ

O preço dos produtos agrícolas ucranianos é mais baixo que o dos europeus, o que está levando a pedidos de proteção do mercado europeu, escreve o Wall Street Journal.
Sputnik
Os agricultores da União Europeia querem que seus governos restrinjam a entrada de produtos agrícolas ucranianos no bloco, segundo relato de sábado (17) do jornal americano Wall Street Journal (WSJ).
Os produtos ucranianos, com US$ 251 (R$ 1.319) pelo milho e US$ 272 (R$ 1.429) pelo trigo por tonelada métrica neste mês, são mais baratos do que os europeus, que custam US$ 307 (R$ 1.613) e US$ 324 (R$ 1.702), respetivamente, de acordo com o WSJ, que citou dados da fornecedora de dados Argus.
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Ilia Prodanov, vice-presidente da Associação Nacional de Produtores de Grãos da Bulgária, observou que seu país está inundado de grãos e sementes de girassol da Ucrânia, e que os produtores ucranianos vendem os grãos a preços mais baixos por causa do conflito e não atendem aos mesmos padrões ambientais que os produtores europeus.
"Os produtores búlgaros e europeus não devem sofrer", sublinhou ele.
As autoridades ucranianas têm denunciado que os funcionários poloneses tentam deliberadamente criar obstáculos para os transportadores, de modo que os grãos possam permanecer até dez dias na fronteira com a Polônia.
O Ministério da Infraestrutura da Ucrânia explicou que embora a Polônia geralmente permite a passagem de cerca de 80 veículos por dia para inspeções no posto de controle Dorohusk, o número foi reduzido para 12-25 no final de agosto.
Na sexta-feira (16) Vladimir Putin, presidente da Rússia, disse que esperava que os produtos agrícolas ucranianos chegassem aos países mais pobres, mas que isso ainda não estava acontecendo.
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