A gigante de energia sul-africana Eskom alertou que a redução de carga de energia — o que envolve desligar a energia dos sul-africanos por um terço da duração do dia — pode continuar na próxima semana, à medida que a crise energética do país continua. A empresa fez a declaração neste domingo (18), depois que duas unidades geradoras de energia a carvão ficaram fora de serviço, aumentando o estresse na rede.
A necessidade de racionamento de energia surgiu da exigência de se manter uma reserva de cerca de 6.000 megawatts (MW) em geração para situações emergenciais das usinas, uma vez que a empresa não conseguiu obter embarques adicionais de diesel para aumentar a produção. O diretor de operações da empresa, Jan Oberholzer, alertou que não fazer isso pode resultar em um apagão total.
O CEO da Eskom, André de Ruyter, disse que a empresa espera adquirir até 1.000 MW em capacidade adicional de empresas de energia independentes, como Sasol e Sappi, mas pode levar uma ou duas semanas para se conectar. A Eskom está atualmente com falta de 5.282 MW em geração de energia.
A crise foi desencadeada pela falha de equipamentos, especialmente em usinas movidas a carvão. Mais de 40 unidades de geração de energia quebraram esta semana nessas usinas, informou a empresa.
A crise foi exacerbada pela escassez de diesel para unidades movidas a diesel. A Eskom tentou reabastecer com urgência as reservas do combustível.
"Existe um risco e precisamos nos preparar para esse risco e, portanto, a necessidade urgente de reabastecer nossas reservas [de emergência]", disse de Ruyter.