De acordo com informações do jornal Folha de S.Paulo, a agenda da diplomacia brasileira não prevê nenhum encontro com diplomatas da Ucrânia, país que é alvo de uma operação militar especial da Rússia desde o dia 24 de fevereiro.
O Brasil assumiu uma posição de neutralidade ante o conflito. A posição foi posta sob questionamento do presidente da Ucrânia, Vladimir Zelensky.
O diplomata brasileiro também se reunirá com o chanceler de Belarus, Vladimir Makei, na próxima sexta-feira (23).
A publicação acrescenta que França terá reuniões bilaterais com outros países. São eles: Japão, Sérvia, Bahrein, Suriname, Turquia, Guatemala, Irã, Guiana, Indonésia, Guiné-Bissau, El Salvador, Senegal, Camboja e Emirados Árabes Unidos.
A agenda do chanceler brasileiro também contempla encontros multilaterais do BRICS (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) e do IBAS (Índia, Brasl e África do Sul), com homólogos da Liga dos Estados Árabes, com o Segib (Secretariado Geral Ibero-Americano), e com o chamado G4 (que agrupa Brasil, Alemanha, Japão e Índia, países que vêm pleiteando um assento permanente no Conselho de Segurança da ONU).
O presidente Jair Bolsonaro (PL), por sua vez, mantém duas reuniões em sua agenda: com o polonês Andrzej Duda e com o equatoriano Guillermo Lasso. Ele cancelou outras duas reuniões bilaterais: com os presidentes guatemalteco, Alejandro Giammatei, e sérvio, Aleksandar Vucic.
Bolsonaro passará menos de 24 horas em Nova York. Ele deve chegar à cidade por volta de 19h e deve participar de um evento privado ainda nesta segunda-feira (19).
Na terça (20), o presidente segue para a ONU, onde abre os discursos da Assembleia Geral, protocolo tradicionalmente destinado a chefes de Estado do Brasil. A comitiva do presidente deve voltar na parte da tarde ao país.
Na semana passada, a ONU aprovou que o presidente ucraniano fale por videoconferência na Assembleia Geral, em uma votação na qual o Brasil se absteve. A Rússia se opôs à medida.