"Acho que fizemos a coisa certa no momento certo. E se não tivéssemos feito isso, esta crise poderia ter ocorrido ainda mais cedo", disse Clinton à CNN.
Além disso, ele revelou que os EUA ofereceram parceria à Rússia, porque "os maiores problemas de segurança vão vir de atores não estatais ou de Estados autoritários que vendem capacidades químicas, biológicas e nucleares para grupos terroristas", mas a Rússia recusou.
"Ofereci à Rússia não apenas uma parceria especial com a OTAN, mas a perspectiva de uma eventual adesão à OTAN", de acordo com as palavras de Clinton.
Contudo, o cientista político russo, Boris Mezhuev, comentou, em entrevista à Sputnik, as declarações do ex-presidente americano, constatando que todos os esforços da Rússia de ingressar na Aliança Atlântica nos anos 1990 enfrentaram uma resistência dura, enquanto o lobby pró-russo na administração Clinton era ainda mais fraco do que agora.
"Não é verdade, certamente, de que teria sido proposta à Rússia uma perspectiva de adesão à OTAN. Existiu o Ato Fundador Rússia-OTAN, mas é claro que ninguém nos convidou à aliança", ressaltou o especialista.
Ele enfatizou ainda que, antes da chegada de Clinton ao poder, Henry Kissinger, ex-secretário de Estado americano, apontou a impossibilidade do ingresso da Rússia à OTAN, e ninguém da administração do país negou o fato.
Moscou tem sido uma crítica consistente da expansão da aliança após a dissolução da União Soviética, com o ministro das Relações Exteriores russo, Sergei Lavrov, dizendo em abril que não tem nada a ver com o cumprimento das metas estatutárias e é voltado para o fortalecimento e perpetuação do mundo unipolar.