Operação militar especial russa

'Jogo paradoxal': Índia assume estratégia de múltiplas alianças e humilha Ocidente, diz mídia

Embora o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, tenha expressado insatisfação com o presidente russo Vladimir Putin devido à operação especial russa na Ucrânia, a Índia segue se recusando a condenar as ações russas.
Sputnik
De acordo com o jornal francês Le Monde, apesar da pressão do Ocidente, a Índia não condenou a operação russa e pede apenas para que as partes voltem à mesa de negociações.
O jornal afirma que a situação ficou especialmente patente quando Narendra Modi foi à cúpula da Organização de Cooperação de Xangai (SCO, na sigla em inglês) pouco depois de receber a chanceler francesa Catherine Colonna, com quem discutiu a criação de uma força de cooperação e defesa para enfrentar a China na região do Indo-Pacífico.
Com isso, a Índia demonstra seu "jogo de paradoxos", com um pé no Ocidente e outro na Rússia, sem manter vínculos, indicando que o Ocidente falhou em levar os indianos para o seu lado e forçá-los a impor sanções contra os russos.
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O jornal também destaca que o Ocidente esperava que a operação russa afastasse a Índia da Rússia, contudo isso não ocorreu.
A Índia segue comprando armas e petróleo de Moscou a preços acessíveis, com a Rússia substituindo a Arábia Saudita como seu principal fornecedor de petróleo, além do fornecimento de fertilizantes.
O premiê indiano mostra que o país adotou uma estratégia de múltiplas alianças, já que o país, recentemente, participou dos exercícios militares Vostok 2022 ao lado da Rússia e da China, bem como dos exercícios conjuntos com os EUA no Himalaia.
De acordo com o jornal, "jogando dos dois lados", e participando de exercícios militares com a Rússia, a Índia literalmente humilha o Ocidente, mostrando que está longe de ser sua aliada.
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