Um tribunal dos EUA ordenou que o grupo militante libanês Hezbollah pague uma indenização de US$ 111 milhões (R$ 574,9 milhões) por danos a um grupo de americanos que alegam que foram feridos por foguetes durante um conflito em Israel em 2006.
Tendo como base a lei antiterrorista dos EUA, o juiz considerou que o Hezbollah causou danos físicos e emocionais aos queixosos, além de ter danificado as suas propriedades.
Conforme relembrou o jornal Arab News, ações civis movidas contra grupos militantes estrangeiros são difíceis de aplicar, mas Nitsana Darshan-Leitner, um dos advogados que representam os queixosos, disse que foi "uma importante vitória legal contra o grupo apoiado pelo Irã".
"Somente cobrando um alto preço daqueles que se envolvem no negócio do terrorismo podemos evitar o sofrimento e a perda de vítimas adicionais de sua violência", disse.
Israel e o Hezbollah travaram uma guerra de um mês em 2006. Tel Aviv atacou alvos no Líbano, enquanto o Hezbollah lançou milhares de foguetes em cidades e vilas no norte de Israel. Chamado Segunda Guerra do Líbano, o conflito deixou cicatrizes profundas na memória dos militantes do Hezbollah.
Durante os confrontos, jatos israelenses lançaram cerca de 7 mil bombas e mísseis contra o sul do Líbano, destruindo gravemente a infraestrutura do país, e, um ano após a guerra, o dano total foi estimado em US$ 3,5 bilhões (aproximadamente R$ 18,3 bilhões).
No ano passado, depois de quase duas décadas, o Censor Militar de Israel (uma unidade da Diretoria de Inteligência Militar das Forças de Defesa de Israel, FDI) comunicou que as FDI usaram drones armados para atacar alvos civis durante o conflito.