Nesta quarta-feira (21), o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e seus filhos adultos foram processados pelo que o procurador-geral do estado de Nova York chamou de inúmeros atos de fraude e deturpação, acusados de distorcer os valores de imóveis para obter empréstimos favoráveis e benefícios fiscais, segundo a Reuters.
O processo acusou a Trump Organization de irregularidades na preparação das declarações anuais de condição financeira de Trump de 2011 a 2021, ao mesmo tempo, nomeou como réus os filhos Donald Trump Jr., Eric Trump e Ivanka Trump.
De acordo com o documento, é esperado restituição de todos os benefícios financeiros obtidos de forma fraudulenta estimados em um total de US$ 250 milhões (R$ 1,5 bilhões).
A procuradora-geral, Letitia James, disse que seu escritório descobriu mais de 200 exemplos de avaliações enganosas de ativos, e a denúncia mencionou 23 ativos que ela chamou de "inflacionados de forma grosseira e fraudulenta".
O padrão de fraude e engano que foi usado por Trump e pela Trump Organization para seu próprio benefício financeiro é surpreendente. Afirmar que você tem dinheiro que não tem não é a 'arte do negócio', é a arte do roubo", disse James, referindo-se ao título de um livro de 1987 escrito por Trump.
A ação também acusou o ex-presidente de inflar seu patrimônio líquido em bilhões de dólares para induzir os bancos a emprestar dinheiro à sua empresa de forma mais favorável, para satisfazer os termos de empréstimos contínuos, para persuadir as seguradoras a fornecer cobertura para limites mais altos com prêmios mais baixos, para obter benefícios fiscais e outros propósitos.
A defesa do republicano chamou as acusações de serem "sem mérito": "A Procuradoria-Geral excedeu sua autoridade estatutária ao investigar transações onde absolutamente nenhuma irregularidade ocorreu", disse Alina Habba, advogada de Trump.
Trump negou qualquer irregularidade e descreveu a investigação de James como uma caça às bruxas politicamente motivada.