De acordo com a autora do artigo Christina Lu, a União Europeia está no meio de uma crise complexa da qual sofrem tanto cidadãos comuns, como corporações grandes, e até indústrias inteiras. A jornalista afirma que o preço da energia hoje em dia está dez vezes mais caro que a média dos últimos dez anos.
Fábricas, empresas e famílias por toda a Europa estão lutando uma batalha por sobrevivência, já que o fornecimento restrito de gás russo para o continente elevou os preços para níveis astronômicos. A subida dos preços sufoca indústrias inteiras e deixa famílias passando sufoco para pagar as contas.
"Esta catástrofe força os líderes europeus a se apressar a tomar medidas extraordinárias amplas tentando travar o aumento dos preços", escreve a autora.
Lu também observou que a escalada da crise é claramente visível nos subsídios enormes extraídos do orçamento europeu para suportar os empresários. A Comissão Europeia sugeriu impôr um auxílio adicional de € 140 bilhões (R$ 714 bilhões) para as empresas com problemas de liquidez. O Reino Unido apresentou um plano de subsidir os seus empresários com € 46 bilhões (R$ 235 bilhões), enquanto a Suécia anunciou uma ajuda de € 20 bilhões (R$ 102 bilhões) às empresas de energia.
Ao mesmo tempo, grandes empresas com grande consumo de energia ou dependentes de matérias-primas, como na industria de alumínio ou produção de fertilizantes, são forçadas a reduzir a produção ou até declarar falência.
Estes fatores, acredita a autora, já levaram ao descontentamento de cidadãos europeus, especialmente no contexto das grandes quantias que a UE alocou em canhões para o regime de Zelensky. As autoridades do Reino Unido, da Moldávia, da Alemanha, da Áustria e da Itália já enfrentam protestos contra os altos preços da energia e os cidadãos exigem dos seus representantes eleitos que primeiro prestem atenção nos problemas deles. Especialistas alertam sobre o aumento do "estresse político".
"Pode ocorrer uma situação em que os cidadãos fiquem realmente descontentes e culpem os seus governos por ela. Talvez, nesta situação, é possível que os governos comecem a tomar rumos independentes e cuidar dos seus próprios interesses. Manter a solidariedade dentro da UE se tornará difícil", disse Cahill, especialista do Centro para Estratégias e Estudos Internacionais.
Ele também notou que o inverno ainda nem começou, mas, as autoridades da UE ainda não perdem a esperança de que sua recusa aos recursos energéticos russos cause dano econômico à população da Rússia a longo prazo.
Os países ocidentais estão enfrentando um aumento nos preços da energia e um aumento na inflação devido à imposição de sanções contra Moscou e ao rumo de rejeição do combustível russo. Diante do aumento do preço dos combustíveis, principalmente do gás, a indústria na Europa perdeu grande parte das suas vantagens competitivas, o que afetou outras áreas da economia europeia. Os Estados Unidos e a Europa também enfrentam uma inflação recorde.